Em 2013, Cleone Santos e a freira Regina Célia criaram uma ONG com o objetivo de auxiliar mulheres em situação de prostituição no Parque da Luz, na região central de São Paulo. Intitulado Mulheres da Luz, o coletivo tem como público, em sua grande maioria, negras e pardas, com mais de 40 anos, moradoras de regiões periféricas da cidade, com baixo nível de escolaridade e que vivem com até 1,5 salário mínimo.
Desde então, a organização promove a defesa dos direitos humanos dessas mulheres e oferece acesso a políticas públicas de assistência social, educação, saúde (física e mental) e cultura, passando pela formação técnica-humana com o objetivo de inseri-las no mercado de trabalho formal e promover a geração de renda.
Entre as atividades, estão grupos de reforço escolar, alfabetização e oficinas de costura. No total, 14 voluntárias participam no projeto, mas no dia a dia são apenas as duas coordenadoras e mais duas pessoas atuantes. “Buscamos uma forma de elevar a autoestima das mulheres e também as provocar para que vejam outras alternativas além da prostituição”, afirma Cleone Santos.